sábado, 25 de agosto de 2012

Saudade...


Hoje descobri o quanto aquela pessoa faz falta.

Aquela que estava na entrada do colégio pra me dar Bom Dia quando eu chegava

Aquela que pegou na minha mão e me ajudou a escrever as primeiras palavras

Aquela que não se importou com quem eu era mas me amparou

Aquela que não conviveu muito comigo mas me conhecia de verdade

Aquela que me surpreendeu e revelou a mim os seus segredos

Aquela que me ligou quando eu não estava esperando

Aquela que sorriu pra mim e fez meu corpo estremecer

Aquela que ouvia minhas crises e sempre me fazia rir

Aquela que me abraçou e fez com que eu perdesse o chão

Aquela que discutia bobagens comigo

Aquela que discutia comigo, mas não bobagens

Aquela que me fez ver um outro lado

Aquela que me agradeceu por algo tão pequeno

Aquela que me fez chorar

Aquela que enxugou as minhas lágrimas

Aquela com quem eu podia contar sempre

Aquela que confiava em mim e que eu confiava nela

Aquela que foi dura mas fez eu ver as minhas besteiras

Aquela que fez eu me superar

Aquela que me serviu de exemplo

Aquela que respondeu às minhas perguntas

Aquela que fez com que eu mesma chegasse às respostas

Aquela que me ensinou a por o pé no chão

Aquela que sonhou e fez planos junto comigo

Aquela que me deu carinho

Aquela que conversou comigo apenas uma vez e me ensinou muita coisa

Aquela que estava sempre por perto

Aquela que me fez ter um ataque de riso

Aquela que me deixou preocupada

Aquela que hoje não está mais por aqui

Aquela que nunca esteve.

Coisas que eu aprendi em Curitiba

1. A menor rodovia federal tem uns 50 metros de comprimento e ainda é de terra.
2. Som analógico é muito melhor que som digital.
3. Jogar Atari é mais difícil que Guitar Hero.
4. A máfia tem um lado (muito) bom: Joe Bananas
5. Pode-se confiar nos garçons de Morretes pq eles não deixam a comida cair na cabeça dos clientes.
6. Frio não é psicológico.
7. Existe um sistema público de transportes que funciona no Brasil.
8. Ao se referir à "Feirinha" do Largo da Ordem é melhor mudar o grau do substantivo.
9. Jaime Lerner é político, arquiteto e urbanista.
10. Pode ser que o Sul do Brasil não tenha o melhor hamburguer do mundo, mas que tem o melhor brigadeirão, ah, isso tem.
11."Hotel California" não é, de longe, a melhor música do Eagles.
12. Elton John não escreveu "Your Song".
13. Não se pode confiar em uma Dolce Gusto.
14. Uma das coisas mais difíceis que existe é fazer madeira pegar fogo.
15. Usar meias é questão de sobrevivência.
16. Família é tudo de bom! (Ta, essa eu não aprendi lá, mas comprovei novamente!)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

24 toques para ser mais feliz.

01 - Seja ético.

A vitória que vale a pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores profundos. Pisar nos outros para subir desperta o desejo de vingança.

02 - Estude sempre e muito.

A glória pertence àqueles que têm um trabalho especial para oferecer.

03 - Acredite sempre no amor.

Não fomos feitos para a solidão. Se você está sofrendo por amor, está com a pessoa errada ou amando de uma forma ruim para você. Caso tenha se separado,curta a dor, mas se abra para outro amor.

04 - Seja grato(a) a quem participa de suas conquistas.

O verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em equipe. Agradecer é a melhor maneira de deixar os outros motivados.

05 - Eleve suas expectativas.

Pessoas com sonhos grandes obtêm energia para crescer. Os perdedores dizem: "isso não é para nós". Os vencedores pensam em como realizar seu objetivo.

06 - Curta muito a sua companhia.

Casamento dá certo para quem não é dependente.

07 - Tenha metas claras.

A História da Humanidade é cheia de vidas desperdiçadas: amores que não geram relações enriquecedoras, talentos que não levam carreiras o sucesso, etc. Ter objetivos evita desperdícios de tempo, energia e dinheiro.

08 - Cuide bem do seu corpo.

Alimentação, sono e exercício são fundamentais para uma vida saudável. Seu corpo é seu templo. Gostar da gente deixa as portas abertas para os outros gostarem também.

09 - Declare o seu amor.

Cada vez mais devemos exercer o nosso direito de buscar o que queremos (sobretudo no amor). Mas atenção: elegância e bom senso são fundamentais.

10 - Amplie os seus relacionamentos profissionais.

Os amigos são a melhor referência em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão. Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos.

11 - Seja simples.

Retire da sua vida tudo o que lhe dá trabalho e preocupação desnecessários.

12 - Não imite o modelo masculino do sucesso.

Os homens fizeram sucesso a custa de solidão e da restrição aos sentimentos. O preço tem sido alto: infartos e suicídios. Sem dúvida, temos mais a aprender com as mulheres do que elas conosco. Preserve a sensibilidade feminina - é mais natural e mais criativa.

13 - Tenha um orientador.

Viver sem é decidir na neblina, sabendo que o resultado só será conhecido, quando pouco resta a fazer. Procure alguém de confiança, de preferência mais experiente e mais bem sucedido, para lhe orientar nas decisões, caso precise.

14 - Jogue fora o vício da preocupação.

Viver tenso e estressado está virando moda. Parece que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis. Bobagem ... Defina suas metas, conquiste-as e deixe as neuras para quem gosta delas.

15 - O amor é um jogo cooperativo.

Se vocês estão juntos é para jogar no mesmo time.

16 - Tenha amigos vencedores.

Aproxime-se de pessoas com alegria de viver.

17 - Diga adeus a quem não o(a) merece.

Alimentar relacionamentos, que só trazem sofrimento é masoquismo, é atrapalhar sua vida. Não gaste vela com mau defunto. Se você estiver com um marido/mulher que não esteja compartilhando, empreste, venda, alugue, doe... e deixe o espaço livre para um novo amor.

18 - Resolva!

A mulher/homem do milênio vai limpar de sua vida as situações e os problemas desnecessários.

19 - Aceite o ritmo do amor.

Assim como ninguém vai empolgadíssimo todos os dias para o trabalho, ninguém está sempre no auge da paixão. Cobrar de si e do outro viver nas nuvens é o começo de muita frustração.

20 - Celebre as vitórias.

Compartilhe o sucesso, mesmo as pequenas conquistas, com pessoas queridas. Grite, chore, encha-se de energia para os desafios seguintes.

21 - Perdoe!

Se você quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz. Todo mundo erra, a gente também.

22 - Arrisque!

O amor não é para covardes. Quem fica a noite em casa sozinho, só terá que decidir que pizza pedir. E o único risco será o de engordar.

23 - Tenha uma vida espiritual.

Conversar com Deus é o máximo, especialmente para agradecer. Reze antes de dormir. Faz bem ao sono e a alma. Oração e meditação são fontes de inspiração.

24 - Muita Paz, Harmonia e Amor... sempre!

sábado, 14 de maio de 2011

Things I´ll never say

I'm tugging at my hair
I'm pulling at my clothes
I'm trying to keep my cool
I know it shows

I'm standing at my feet
My cheeks are turning red
I'm searching for the words inside my head

I'm feeling nervous
Trying to be so perfect
Cause I know you're worth it
You're worth it
Yeah

If I could say what I want to say,
I'd say I want to blow you... away,
Be with you every night,
Am I squeezing you to tight?
If I could say what I want to see,
I want to see you go down,
On one knee,
Marry me today,
Guess I'm wishing my life away,
With these things I'll never say

It don't do me any good
It's just a waste of time
What use is it to you
What's on my mind?
If ain't coming out
We're not going anywhere
So why can't I just tell you that I care

Cause I'm feeling nervous
Trying to be so perfect
Cause I know you're worth it
You're worth it
Yeah

If I could say what I want to say
I'd say I want to blow you... away
Be with you every night
Am I squeezing you to tight?
If I could say what I want to see
I want to see you go down
On one knee
Marry me today
Yes, I'm wishing my life away
With these things I'll never say

What's wrong with my tongue
These words keep slipping away
I stutter
I stumble
Like I've got nothing to say

Guess I'm feeling nervous
Trying to be so perfect
Cause I know you're worth it
You're worth it
Yeah

La da da da La da da da...

Guess I'm wishing my life away
With these things I'll never say

If I could say what I want to say
I'd say I want to blow you away
Be with you every night
Am I squeezing you to tight?
If I could say what I want to see
I want to see you go down
On one knee
Marry me today
Guess I'm wishing my life away
With these things I'll never say

These things I'll never say

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Casa de Vó

Na casa da minha avó Maria, mãe da minha mãe, parece que o tempo não passa. A casa da vovó sempre foi encantadora – ou encantada!

Na verdade é um apartamento. Vovó mora até hoje no primeiro andar de um prédio bem grande e bem velho no centro da cidade. É um apartamento com três quartos, duas salas, uma cozinha e uma área enorme. Ah... a casa da vovó tem sacada! Eu sempre achei aquela sacada o máximo! Lembro até hoje do dia em que a vovó, minha irmã e eu comemos uma lata inteirinha de doce de leite debruçadas na sacada, vendo os carros passarem na avenida.

Um dos quartos é o do vovô e da vovó. Eu nunca entendi muito bem por que tinha uma bicicleta bem na frente da janela. E uma parede do quarto deles é forrada de portas de armário. Uma delas tem um espelho do lado de dentro, mas hoje em dia eu não me lembro mais qual é.

O outro quarto virou um escritório. Ou quarto de leitura. Hoje tem um computador lá, mas quando eu era pequena só tinha livros empoeirados em uma estante. Livros, muitos livros. De todas as cores, com todas as histórias, todos meio velhos. Eu ficava muito tempo vendo os títulos dos livros e pedindo indicações de leitura para minha avó.

O último quarto é o que era da minha mãe. A cama, a penteadeira, os armários e a cadeira dela estão lá até hoje, mesmo que já faça mais de trinta anos que a mamãe se casou com o papai e saiu de casa. Até o abajour vermelho ainda está lá! E funciona!

Passei muitas noites de sexta para sábado naquele quarto, deitada na cama e ouvindo as histórias que a vovó gostava de contar. Nesse quarto tem uns posters, tipo umas fotos bem grandes com imagens dos meus tios, dos meus pais, dos meus primos, da minha irmã e de mim, há muito e muito tempo! No meu pôster eu era só uma bebezinha! Minha mãe devia ter a minha idade no pôster dela!

A sala da casa da vovó tem um piano. E perto dele os sofás. E nos sofás tem um monte de almofadas. Lembro-me de ficar no sofá brincando com lãs de todas as cores, vendo a vovó fazer tricot. Lembro também de dedilhar o piano, tentando encontrar as notas desconhecidas dos meus primeiros métodos musicais. E eu não sei por que, mas a vovó sempre ficava lá ouvindo... e dizia que era a coisa mais linda mundo! Vai entender cabeça de vó!

A cozinha não é muito grande, mas eu me lembro de acordar com o cheiro de café nos sábados de manhã e sentar à mesa pra tomar café com leite e comer o pão com manteiga que a vovó fazia. A geladeira da vovó sempre foi lotada, cheia de potes com coisas estranhas dentro. De repolho cozido a iogurte feito em casa, lá tem de tudo! Até hoje!

E na área tem um monte de plantas. Lembro de varrer uma samambaia quando era pequena. Vovó falava que quando as folhas secavam tinha que tirar da planta, mas como ela ficava no alto precisávamos usar a vassoura. E lá ia eu dar vassouradas na coitada da plantinha. A samambaia não está mais lá.

E tinha também o quartinho da costura. Cheio de tecidos de todos os jeitos, de todas as cores. Alfinetes, fitas métricas, umas tais pedrinhas brancas que a vovó usava para riscar o pano. E uma máquina de costura preta, velha e barulhenta, que seguindo as ordens das mãos experientes de vovó, transformava um pedaço qualquer de pano em um lindo vestido para mim ou para minhas bonecas.

O cheiro... acho que a coisa que eu mais lembro da casa da vovó. Ela tem um cheiro, que eu não sei muito bem do que é. Mas é o cheiro da casa da vovó. Conheço ele desde pequenininha, e ele continua até hoje. É só entrar na casa da vovó e eu sinto aquele cheiro.

Também tem o som da casa da vovó. O barulho dos carros passando na avenida, a sirene do portão da garagem, a máquina de costura, o encostar das colheres nas panelas, o tic-tac do relógio da sala e o som baixinho do rádio. O rádio sempre estava ligado, com homens de vozes grossas falando as notícias do dia e discutindo os problemas de um mundo que eu ainda não conhecia.

Na casa da minha avó parece que as coisas são sempre iguais. Parece que o tempo não passa lá. Acho que é uma casa encantada. Sempre tem balas no pote de vidro que fica na porta de cima do armário da cozinha. Sempre tem meu avô sentado na poltrona ao lado do piano lendo seu jornal. Sempre tem plantas na área. Sempre tem aquelas benditas fotos de quando a gente era pequena em cima do móvel da sala. Sempre tem lugar pra mim na casa da minha avó.

sábado, 12 de março de 2011

"O tempo está para o amor como o vento para os incêndios; apaga os fracos e ateia os mais fortes. É uma espécie de teste, uma prova cega, uma forma inequívoca de clarificar a essência daquilo a que tantas vezes queremos chamar amor e que ainda não é mais do que o minúsculo embrião de futuro incerto e tantas vezes improvável.

O tempo está para o amor como o vento para os incêndios. Alastra repentinamente, traiçoeiro e sem aviso, vai para lugares onde nunca pensamos que pudesse sequer chegar, faz-nos tremer, sofrer, rezar, dá-nos vontade de lutar para o combater, porque não sabemos para onde vamos, o que queremos nem se seremos os mesmo depois do fim... e por isso receamos o fim antes mesmo do princípio, imaginamos cenários apocalípticos para proteger o coração cansado e errante que não quer ainda, apesar de tudo, parar para pensar ou escolher um lugar.

O tempo está para o amor como está para tudo o resto na vida. É o tempo que nos dá maturidade, que nos ensina a distinguir o que é urgente daquilo que é mesmo importante, que nos mostra onde estão os verdadeiros amigos, que nos dita quais os princípios pelos quais nos regemos e como deveremos lidar com as nossas fraquezas. O tempo ensina-nos a viver com os nossos defeitos e a respeitar as diferenças dos outros. Dá-nos sabedoria, tolerância, paciência, distância, objectividade, clareza mental. Afasta as dúvidas e as hesitações. Poupa-nos de decepções e enganos. Abre-nos os olhos quando somos os únicos a não ver. E dá-nos força para continuar, mesmo que o amor seja uma ausência, uma perda, uma falta, uma desilusão.

Mas o amor está para o tempo como uma vela acesa numa noite de luar. O amor é trémulo, impaciente, frágil, volúvel, fraco, fácil de acender. Tantas vezes se consome a si próprio, tantas vezes é tão fácil de apagar, para depois se reacender, voltar a vacilar, incerto e inseguro, quente mas efémero, forte mas falível, romântico mas tantas vezes superficial...

O amor abre o coração, desprotege o espírito, acorda o corpo e aquece a alma. Pode nascer de um olhar mais longo, de uma conversa à mesa, de um passeio à beira-mar, da simples passagem da palma de uma mão por uma cintura desprevenida. Não tem regras, nem tempo, nem cores, porque não tem limites, nem compassos nem contornos. Por isso é que quando nos apaixonamos enchemos páginas inúteis com os defeitos e qualidades do nosso amado sem chegarmos a nenhuma conclusão. E ao vermos nele alguns defeitos que tanto abominamos, condescendemos, abreviamos, contemporizamos e deixamos passar. Porque o verdadeiro amor é aquele que resiste ao tempo, sobrevive às dúvidas, emerge do medo e aprende a dominá-lo.

Amar é outra coisa. É dar sem pensar, é sonhar o dia todo acordado e dormir sem nunca adormecer, é galgar distâncias com agilidade e destreza, é viajar sem sair de casa, escolher livros e programar surpresas, namorar o telefone à espera que ele toque, acordar depois de duas horas de sono com cara de bebé, sentir que somos invencíveis e que a perfeição está tão perto e é tão fácil, que a morte já podia chegar, sem termos medo de perder a vida.

O verdadeiro amor é absoluto, indestrutível, estóico, inflexível na sua essência e tolerante na sua vivência, discreto, sóbrio, contido, reservado, escondido, recatado, amadurecido, desejado, incondicional, amargurado, sagrado, sobressaltado. O verdadeiro amor é delicado, bom ouvinte, cúmplice, fiel sem ser servil, atento sem se impor, carinhoso sem cobrar, atencioso sem sufocar e muito, muito cuidadoso para nunca se perder, se estragar, se esquecer ou desvirtuar. O segredo está no tempero, na moderação, nas palavras que nunca se chegam adizer, nas conversas perdidas à beira do rio, no olhar que fica no ar, no tempo que é preciso dar para que cresça, amadureça e deixe de meter medo. É preciso dar tempo ao amor, um tempo sem tempo, sem datas nem prazos, sem exigências nem queixas, porque o amor leva o tempo que for preciso

As Crónicas da Margarida

Margarida Rebelo Pinto

domingo, 16 de janeiro de 2011

Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem idéias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa. E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo as favas.

Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.

Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos.

Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.

Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese...etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou.

O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente.

Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco.

A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho.

Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.

(Autor Desconhecido)